domingo, 22 de julho de 2007
Fartura
Fig. 0632a. Eros e Psiquê. Óleo sobre tela de Louis David (1748/1825). Cleveland Museum of Art. Foto: Susan Bonvallet.
FARTURA
Psique estava farta
de só encontrar o amante
num motel de luxo.
Carícias infinitamente breves,
solidão longa.
Quem disse que o amor basta?
A Alegria só chega
quando se ostenta
um sobrenome chique.
Cecilia Furquim - Junho de 2007
imagem retirada do site: http://greciantiga.org/img/esc/i632.asp
Apelo
Tô morrendo
de novo
vô Paulo
pai da minha mãe
vela minha morte
tombo
que nem aquele sapo
que caiu do céu
Afasta a pedra
me colhe
como laranja túrgida
Com seu canivete
me corta
me serve
Cecilia Furquim - março de 2007
Abraço
06/02/2007 - 20h11 -Esqueletos de casal são encontrados em eterno abraço
ROMA (Reuters) - Pode chamar de abraço eterno. Arqueólogos na Itália descobriram um casal enterrado entre 5.000 e 6.000 anos atrás, se abraçando.
"É um caso extraordinário", disse Elena Menotti, que liderou a equipe nas escavações perto da cidade de Mantova, norte do país.
"Não foi descoberto um enterro de casal do período Neolítico, muito menos duas pessoas se abraçando -- e ambos estão realmente se abraçando".
Menotti disse acreditar que os dois, quase certamente um homem e uma mulher, embora ainda não tenha sido confirmado, morreram jovens, porque suas arcadas dentárias estavam quase inteiramente intactas e não estavam gastas.
"Devo dizer que quando nós os descobrimos, ficamos muito entusiasmados. Tenho este emprego há 25 anos. Fiz escavações em Pompéia, todos os sítios famosos", disse ela a Reuters. "Mas eu nunca fiquei tão comovida assim, porque esta é a descoberta de algo especial".
Um laboratório tentará determinar a idade do casal à época da morte e há quanto tempo estão enterrados.
Abraço
Cinco mil anos de morte talho
Cinco mil ais de tempo falho
No pó, no osso, calcinando sina
Enlace de poço: mortalha menina
Segue arcada intacta de siso
Segue rio perene de resto
Remota onda de cinco mil contas
Repicando o toque: cálcio rosário
Em urna una, despidos de alma
Em pleno espelho, conjunta sala,
Calçam o verso do universo
Cantam ávidos inversa ária.
ROMA (Reuters) - Pode chamar de abraço eterno. Arqueólogos na Itália descobriram um casal enterrado entre 5.000 e 6.000 anos atrás, se abraçando.
"É um caso extraordinário", disse Elena Menotti, que liderou a equipe nas escavações perto da cidade de Mantova, norte do país.
"Não foi descoberto um enterro de casal do período Neolítico, muito menos duas pessoas se abraçando -- e ambos estão realmente se abraçando".
Menotti disse acreditar que os dois, quase certamente um homem e uma mulher, embora ainda não tenha sido confirmado, morreram jovens, porque suas arcadas dentárias estavam quase inteiramente intactas e não estavam gastas.
"Devo dizer que quando nós os descobrimos, ficamos muito entusiasmados. Tenho este emprego há 25 anos. Fiz escavações em Pompéia, todos os sítios famosos", disse ela a Reuters. "Mas eu nunca fiquei tão comovida assim, porque esta é a descoberta de algo especial".
Um laboratório tentará determinar a idade do casal à época da morte e há quanto tempo estão enterrados.
Abraço
Cinco mil anos de morte talho
Cinco mil ais de tempo falho
No pó, no osso, calcinando sina
Enlace de poço: mortalha menina
Segue arcada intacta de siso
Segue rio perene de resto
Remota onda de cinco mil contas
Repicando o toque: cálcio rosário
Em urna una, despidos de alma
Em pleno espelho, conjunta sala,
Calçam o verso do universo
Cantam ávidos inversa ária.
Cecilia Furquim - 02/2007
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