Música e letra de Cecilia Furquim
Após um tórrido sol,
que sem descanso ferveu
dias e dias nas férias
chega a chuva no céu
molhando o mar com a sua água
juntando doce e sal
Somem logo os banhistas
as crianças ficam tristes
passatempo não existe
em suas casas trancadas.
Nada de nadar no mar
nem de noite passear
.
as plantas todas aplaudem
e agarram-se as cigarras
bem felizes a cantar
.
.
Viva, viva a chuva fria
Nós aqui gostamos dela
Viva a noite umedecida
Viva a chuva, como é bela
Nós aqui gostamos dela
Viva a noite umedecida
Viva a chuva, como é bela
.
.
.
O som gostoso das gotas
sobre as costas das coisas
é saudado pelo grilo
e o reflexo do brilho
do piscar dos vagalumes
lembra fogos de artifício
Vai e vem toda brejeira
a fusão de céu e terra
e o toque-toque lá no brejo
de sapo martelo
ecoa nesta algazarra
de vida dentro da mata
Besouro voa com abelha
gafanhoto com barata
borrachudo e borboleta
numa bêbada alegria
Viva, viva a chuva fria
Nós aqui gostamos dela
Viva a noite umedecida
Viva a chuva, como é bela!
Até a Maria fedida
Viva, viva a chuva fria
Nós aqui gostamos dela
Viva a noite umedecida
Viva a chuva, como é bela!
Até a Maria fedida
ganha beijo da aranha
e lá vêm as lagartixas
vêm brincando de ciranda
com as donas muriçocas
girando ao redor das poças
Essa farra infinita
com efeito assim embala
a soneca das crianças
em suas camas aninhadas
Viva, viva a chuva fria
Nós aqui gostamos dela
Viva a noite umedecida
Viva a chuva, como é bela!
FIM
Essa farra infinita
com efeito assim embala
a soneca das crianças
em suas camas aninhadas
Viva, viva a chuva fria
Nós aqui gostamos dela
Viva a noite umedecida
Viva a chuva, como é bela!
FIM
.