e um
condutor
MANCHADO
As manchas do mundo
o Machado acha e mostra
Sobre a composição:
Este trabalho apresenta a minha leitura de dez contos de Machado de Assis, em forma de poesia.
Acredito que o entendimento pleno dos poemas tende a depender do conhecimento daquilo que os inspirou, no caso os contos: ‘Um homem célebre’, ‘O Espelho’, ‘O caso da vara’, O medalhão’, ‘A causa secreta’, ‘O enfermeiro’, ‘A igreja do Diabo’, ‘A cartomante’, ‘Noite de Almirante’ e ‘Missa do Galo’.
A forte contenção utilizada, apropriando-se aqui e ali de palavras do próprio Machado e a referência constante, porém muitas vezes indireta, ao seu universo ficcional forçam os leitores a reportar-se ao seu repertório do conto. É uma proposta de diálogo com os leitores desse autor, que tanto instiga, incomoda e seduz até hoje.
É possível que, no entanto, existam momentos de autonomia, e que mesmo alguém despido das referências mencionadas possa atribuir sentido a parte desse trabalho, ampliando a interpretação do mesmo. É uma possibilidade bem vinda, desejável inclusive, mas que pode encontrar barreiras.
Em meio a essas incertezas de resultado, fato é que o processo foi uma experiência de aprendiz, em que procurei aplicar os conhecimentos despertados, tanto nas aulas de meu professor de poesia, Marcelo Tápia; quanto no curso de Alcides Villaça sobre contos de Machado de Assis.
Espero ter feito algum aproveitamento.
Cecilia Furquim
Novembro de 2006
Índice:
Polca Pouca
Espelho
Caso escravo
Medalhão
Secreta mente
Rosarruda
Cartomorte
Jura ao mar
Pelo sim, pelo Cão
Romper da Missa
Assim Assis?