domingo, 5 de agosto de 2007

Robert Frost

























Stopping by the woods on a snowy evening




Whose woods these are I think I know,
His house is in the village though.
He will not see me stopping here
To watch his woods fill up with snow.

My little horse must think it queer
To stop without a farmhouse near,
Between the woods and frozen lake,
The darkest evening of the year.

He gives his harness bells a shake
To ask if there is some mistake.
The only other sound’s the sweep
Of easy wind and downy flake.

The woods are lovely, dark and deep.
But I have promises to keep,
And miles to go before I sleep,
And miles to go before I sleep.




Robert Frost







Diante do bosque numa noite de neve

De quem é o bosque saberei em breve;
Ele, no entanto, a morar cá não se atreve.
Assim não me verá, posto neste espaço,
A observar o bosque pleno de neve.

Meu cavalo estranha a falta de um regaço,
Uma casa onde se alivie o cansaço;
Entre o bosque e o lago congelado vimos,
da mais escura noite, o grave compasso.

Ele faz com que seus arreios toquem sinos,
A perguntar se há algum desatino.
Mas o único som que circula em torno
Vem do vento e dos flocos, que entoam hinos.

O bosque é belo e denso, escuro entorno;
Mas minhas promessas não são puro adorno,
E devo seguir além, antes do sono,
E devo seguir além, antes do sono.




Tradução: Cecilia Furquim (com contribuições de Marcelo Tápia) - Dezembro de 2005