Sem rebuço, relanço
a história singular
do homem
que amava lágrimas.
Trocadas as teclas,
na clave do sensível,
a in-sólida-riedade.
Em homem chumbo
Robusto é o desdém
Maciço o sorver.
Ele, estanhamente,
disseca a anatomia
de seres irracionais
Tendo atado
um rato pelo rabo,
arranca rasgos, guinchos,
do suplício da lâmina.
Dissonante sabor,
delícia íntima,
vasto prazer
estético?
Calígulamente
volta-se ávido
aos racionais seres
Estaca diante, distante,
do choro guinchante
de mudo amor,
que morre.
Profunda dor
de alheio
afeto.
Secreta mente
surpreendido
ante óbito-leito,
o homem chumbo
fundo se deleita.